quarta-feira, outubro 12, 2005

A culpa não é do Spike Lee

O King, mais uma vez. Ele presta um culto indiscutível àquele cinema. Cada vez que lá vai, leva consigo a angustiante sensação de que não é por muito mais tempo que continuará a ver filmes naquelas salas, porque cinemas assim, sabe-se, apanharam o hábito de terem os dias contados, assim tipo uma doença. O Spike Lee também não estava no seu melhor, nem nós temos a culpa que ela, fosse quem fosse, o odiasse, mas nem foi isso que mais o irritou. Quase não chegou a horas, já entrou na sala no escuro, e para trás ficava o que mais lhe dava prazer quando lá ia. É que os livros ali, naquelas prateleiras, têm outro sabor. Nem a tosta da Bica para terminar o dia o consolou. Melhores dias virão.