As coisas já não andavam bem. Errar pelas noites do Bairro Alto há muito que não carrega as impressões de outros tempos. Se calhar já fui “puto estúpido” e advém daqui que não estou a conseguir conformar-me com os “putos estúpidos” modernos. Há quanto tempo não entro no Clandestino para pedir uma tosta ao Martins? A última vez que lá fui não reconheci o local e – Martins, desculpa lá – não tenho projectos de voltar a pôr lá os pés nas inúmeras épocas vizinhas. Bons tempos, os da Luz Soriano. Porém, o grande novo choque, já este ano, foi o Tertúlia. Mudou, não é o mesmo e nem o famoso mojito já sabe ao que era – lembram-se quando o mojito se apaixonou pela bola de gelado do Häagen-Dazs? Aquilo é que foi um amor bem à moda de Lisboa!
Pelo Bairro Alto, pouco mais me resta do que o Páginas Tantas ou as coentradas do Sinal Vermelho. As Primas passaram há muito à História e só vou à Bica quase por não querer ser a ovelha ranhosa, o que não gosta de estar na moda do ficar-de-pé-de-copo-na-mão-à-espera-que-o-carro-do-lixo-nos-obrigue-a-todos-a-encostarmo-nos-muito-juntinhos-cheios-de-calor-humano-no-minúsculo-passeio-da-íngreme-calçada.
Graça Esplanando. Saindo agora dos domínios do Bairro Alto, esse foi outro. Na Graça, obviamente. A minha Graça. Do jardim para a Mouraria pelas escadinhas, uma esplanada (quase) escondida com vista para a cidade e para o rio, obrigada a fechar por causa do ruído, dizem eles. Ainda assim não foi grave. A Esplanada da Graça ainda é a minha cidade mágica vista da minha Graça.
Gosto da cidade. De dia, de noite, gosto de passar nos sítios que me trazem memórias de inúmeros desabafos, confissões e alegrias. Memórias das tertúlias e – estou a chegar finalmente ao cerne deste post – das últimas paragens sempre antes do fim de cada noite. A notícia chegou ontem e foi como quem leva uma tampa: fecharam o Galeto. Menos uma fazendola onde até fui um “puto estúpido” feliz.
Pelo Bairro Alto, pouco mais me resta do que o Páginas Tantas ou as coentradas do Sinal Vermelho. As Primas passaram há muito à História e só vou à Bica quase por não querer ser a ovelha ranhosa, o que não gosta de estar na moda do ficar-de-pé-de-copo-na-mão-à-espera-que-o-carro-do-lixo-nos-obrigue-a-todos-a-encostarmo-nos-muito-juntinhos-cheios-de-calor-humano-no-minúsculo-passeio-da-íngreme-calçada.
Graça Esplanando. Saindo agora dos domínios do Bairro Alto, esse foi outro. Na Graça, obviamente. A minha Graça. Do jardim para a Mouraria pelas escadinhas, uma esplanada (quase) escondida com vista para a cidade e para o rio, obrigada a fechar por causa do ruído, dizem eles. Ainda assim não foi grave. A Esplanada da Graça ainda é a minha cidade mágica vista da minha Graça.
Gosto da cidade. De dia, de noite, gosto de passar nos sítios que me trazem memórias de inúmeros desabafos, confissões e alegrias. Memórias das tertúlias e – estou a chegar finalmente ao cerne deste post – das últimas paragens sempre antes do fim de cada noite. A notícia chegou ontem e foi como quem leva uma tampa: fecharam o Galeto. Menos uma fazendola onde até fui um “puto estúpido” feliz.
3 comentários:
Há muito que não bebo "aquele" mojito...
Há muito que não lá ia. Na madrugada do dia em que o fecharam tinha ido ver a Juventude em Marcha e depois fui até lá comer o Bife à Galeto. JPN
JPN, espero que não tenha sido o último. Um abraço.
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