quarta-feira, abril 16, 2008

Bouquet de argumentos

Tenho para mim que o valor e o significado de se oferecer flores à pessoa amada estão ligeiramente empolados. É um facto que a grande maioria das mulheres derretem-se quando são surpreendidas por um grande ramo. Muitos homens utilizam a técnica, inclusive, para pedidos de perdão ou para a ignição de um romance que teime em não passar do sei-que-sabes-daquilo-que-sabes-que-eu-sei.

Ora, toco no assunto porque sou acusado de não oferecer flores. Assumo que raramente o fiz e quando o fiz foi de uma forma agressivamente desajeitada que acabou pior que o soneto.

Passo então à minha defesa (desculpa). Oferecer flores é fácil. Vai-se a uma loja, compra-se, diz-se à florista para que efeito é e já está. Não é original. É mesmo o gesto mais banal do romance. Por isso desvalorizo-o. Se eu fosse mulher e me oferecessem um ramo de flores, o mais certo seria perguntar Não te ocorreu mais nada? É como a garrafa de vinho para o dono da casa que nos convida. É o mais fácil, a lei do menor esforço (embora seja esta a minha prática junto dos anfitriões que me acolhem). Por isso não ofereço flores. Porque eu é que sou original.

4 comentários:

mãe disse...

Vou deixar de te mimar, sabes?! É banal!!!!!!

Luís Santos disse...

Catauuuu!!!
Já foste.

Anónimo disse...

mesmo as coisas mais óbvias conseguem ser tão bonitas e há tantas flores e tantas maneiras de as oferecer ;-)

Anónimo disse...

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