Hoje é o 60.º Dia Mundial da Criança. A minha filha, ainda com os seus 11 meses e três dias de vida, naturalmente que não o percebe, nem o perceberá ainda, provavelmente, no próximo ano ou nos próximos dois anos. E este ainda vazio de entendimento é a deixa para lhe incutir algo. Não quero que a minha filha um dia venha ter comigo e me diga Pai, hoje é o Dia da Criança. Vou receber presente? Quero que ela me diga Pai, hoje é Dia da Criança, o que é que podemos fazer por um menino que necessite da nossa ajuda? E então ajudá-la-ei a fazer algo, se estiver ao meu alcance. E porque faço eu este desabafo? Porque já várias pessoas me perguntaram o que dei ou vou dar hoje à minha filha. Curiosamente, nenhuma delas sabia a origem deste dia.
Após a II Guerra, a Europa (e não só) mergulha em 1945 numa profunda crise económica. As crianças foram então especialmente penalizadas. Umas ficaram órfãs, outras passaram fome dadas as dificuldades financeiras dos seus pais e outras ainda tiveram de abandonar a escola para que se criasse sustentabilidade económica em suas casas. Por essa razão, a Federação Democrática Internacional das Mulheres propôs à ONU a dedicação de um dia à sensibilização da sociedade para as adversidades junto dos mais novos, tendo-se comemorado o primeiro Dia Mundial da Criança a 1 de Junho de 1950.
Hoje há muitas necessidades junto de muitas crianças no Mundo. Já não são fruto apenas de guerras, mas são em suficiência para continuar a justificar que a Humanidade se sensibilize.
Sem comentários:
Enviar um comentário