sexta-feira, dezembro 28, 2007

Mostra-me o teu iPod, dir-te-ei quem és

edição de Janeiro de 2008 da revista SuperInteressante publica um artigo que se me afigura como um dos mais interessantes que tive oportunidade de ler nos últimos anos. Costumo ser muito céptico em relação a conclusões científicas avulsas, dessas que dizem que daqui a X anos vai acontecer aquilo e aqueloutro com o clima, por exemplo, mas neste caso a proximidade das conclusões aos casos reais que me estão próximos são impressionantes.
Reza o artigo, e aqui não há novidade, que há uma estreita relação entre a personalidade e os gostos musicais. Mas aprofundados os estudos de neuromúsica temos então o seguinte:
A

Jazz e Blues - Agradam a pessoas inteligentes, abertas e imaginativas, pouco adeptas do desporto, tolerantes e liberais;

Pop e country - Pessoas mais convencionais e optimistas;

Heavy Metal - Associado a pessoas curiosas, atléticas e habituais cabecilhas sociais;

Hip-hop e funcky - Extroversão, energia, elevada auto-estima;

Apreciadores de Madonna ou a banda sonora de Danças Com Lobos - Pessoas conservadoras, endinheiradas, agradáveis e emocionalmente instáveis;

Ópera e música clássica - Nível superior de educação, mas péssimos condutores, verdadeiros perigos ao volante. Preferem vinho à cerveja;

Dance e house - Os apreciadores destes estilos costumam viajar com frequência;

Amantes de rock e pop dos anos 60 - Franja mais atingida pelo desemprego, mas os psicólogos desvalorizam esta relação devido à faixa etária;

Filmes musicais - Raramente tocam em álcool.

Há mais. Porém, interessantes são ainda outras conclusões como o facto de os apreciadores de música DJ, hip-hop, dance e house terem propensão para serem solteiros, mas quando arranjam uma relação estável passam a gostar de country, blues, pop e música clássica.

Um estudo feito sobre um distúrbio mental de um italiano de 68 anos (demência fronto-temporal) descobriu durante o processo que o paciente abandonara, subitamente, o hábito de ouvir música clássica para escutar no volume mais alto possível um conhecido cantor pop italiano cujas canções lhe tinham sempre merecido o epíteto de ruído de merda.

Portanto, em futuros conhecimentos, sejam de negócios ou outros, peçam sempre uma consulta ao iPod.

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