Ao longo da vida, muitas são as partidas que nos são pregadas pelo nosso lado esquerdo. Os Clã são, cada vez mais, cúmplices dos sobressaltos com que o meu lado esquerdo me tem mimoseado nos anos ainda mal enterrados na memória. Os Clã conhecem-me. Só posso acreditar nisso, porque no seu álbum mais recente, Cintura, há uma música que afianço ter sido escrita para mim. Esta é para o Ricardo, celebraram quando acabaram de compôr o Sexto Andar. Ontem fui vê-los na Aula Magna, em Lisboa. Manuela Azevedo pegou no microfone, virou-se para mim e explicou-me que a música até esteve quase para não ser gravada, porque ia-se perdendo entre bits e bytes que um dia acharam que se poderiam evadir de um computador. Ontem, os Clã tocaram-na, a minha música, aquela que foi feita para mim. Partilho-a convosco.
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