quarta-feira, dezembro 05, 2007

Quem usa casaco pelos ombros não usa relógios bonitos

Ele há coisas do diabo. Há sinais em certas pessoas com os quais embirro olimpicamente. Já o disse aqui no Ré Menor, não consigo cultivar confiança ou simpatia em relação a pessoas que usam o casaco pelos ombros sem enfiar os braços nas mangas. Esse obscuro e impenetrável hábito sempre me intrigou desde muito cedo.
Isto tudo para dizer o quê? Que, pelo inverso, eu deveria nutrir alguma empatia com pessoas de bom gosto, nomeadamente pessoas que usam relógios fabulosamente bonitos. Ou seja, quem usa casaco pelos ombros não usa relógios bonitos.
Se há algo em que reparo sempre em alguém, seja num jantar, reunião ou num simples aperto de mão, é no relógio. Considero esta subdivisão do vestuário uma das mais importantes e consideráveis marcas de imagem de alguém. Gosto de relógios, gosto de exibir sempre o que tenho no pulso e nunca deixo de espreitar os relógios alheios seja em que situação for. Ora, deveria então, por contraponto à história do casaco, simpatizar de uma forma imediata e automática com quem exiba um magnífico relógio. Pois que aprendi hoje que não deveria fazê-lo.

2 comentários:

Eu disse...

Porquê?

Ricardo Salvo disse...

Digamos que me custa quando me cruzo com um verdadeiro cabrão presunçoso e perigoso que enverga, em simultâneo, um irritante bom gosto no vestir, no relógio e etc... As duas coisas não deveriam andar juntas, porque engana a malta.